terça-feira, 22 de junho de 2010

Ponto de Equilíbrio: Capítulo 8

: Ele fez algum suspense, demorou uns cinco minutos para falar, enquanto andávamos pelas ruas geladas e com algumas neves acumuladas, algumas crianças brincavam de guerra de bola de neve, outras faziam bonecos e anjinhos na neve, mais á frente, uma menininha loirinha de cabelos cacheados, com a pele rosada e a ponta do naria verelha, provavelmente estava resfriada por causa do frio, ela estava brincando sozinha com a neve, fez uma bolinha e jogou, acertou bem no rosto de Michael.
A menininha olhou para ele com as mãos na boca e veio em nossa direção:
"Me desculpe moço, eu não queria acertar você!"
Michael ficou olhando para a menininha por um tempinho e depois sorriu calorosamente:
"Não foi nada, foi até divertido."
"Posso ir agora? Não vai contar para minha mãe?"
"Hahahaha, pode ir sim e e u não vou contar para sua mãe" - Michael ajoelhou-se para ficar do tamanho da menininha - "Vai ser nosso segredo!"
A menininha, sorriu de volta e saiu correndo para um banco em que estava uma mulher sentada, deveria ser a mãe dela, olhei para Michael:
"Mas que linda! Que bom que você levou na brincadeira!"
"Por que? Achou que eu iria dar uma bronca naquela coisinha?"
"Não, acho que você não seria capaz, precisava ver sua cara de criança!"
"Hahahaha, espere...está me desafiando? Você não sabe do que eu sou capaz Emanuelle..."
"Humm...então você seria capaz de me dizer por favor o que aconteceu ontem?"
"Bom...você desmaiou de sono, pois os mestiços são mais 'sensíveis', então, eu te levei para minha casa pra que você dormisse enquanto eu e sua Avó, arrumava-mos a sua mudança. Mas, você dormiu bem?"
"Dormi sim, obrigada. Mas...minha avó não terminou de contar tudo o que eu gostaria de saber..."
"Quer saber o resto da história?"
"Sim, quero."
"Ok, Bom, seus pais estão vivos não se preocupe, mas, eles tiveram que fugir, para se proteger, e mandar você para um lugar em que estivesse realmente segura, por isso escolheram esse orfanato em Nova York."
"Entendi...Qual é o dom de minha mãe?"
"Ah! Tinha certeza de que iria perguntar isso! Não tenho certeza mas eu acho que ela pode paralisar as pessoas por alguns minutos, isso ajuda em algum combate..."
"E Vovó? Qual é o dela?"
"Ela pode prever o futuro e digamos, voltar ao passado e mudar algumas decisões, mudando assim, as consequências no presente e futuro."
"Nossa! Seria bem útil para mim...mas e você? Qual é o seu dom?"
"Eu, bom, posso ipinotizar as pessoas, para impedí-las de fazer algo ruim."
"Nossa, que incrível! E eu...qual será meu dom?"
"Ah! Não da pra prever, ainda não se manifestou, a não ser que eu peça ajuda da sua Avó, mas acho que ela recusaria."
"Por que ela recusaria?"
"Porque segundo ela, há coisas que só devem ser descobertas na hora certa e não antes do necessário."
"Bom ela está certa..."
"Olha Emanuelle, você tem muita sorte mesmo, é muito difícil uma família inteira de legítimos, amar tanto um mestiço! Você não tem idéia de como sua família a ama, mesmo a conhecendo só nos seus primeiros meses de vida, eles sentem muito a sua falta.
Após Michael dizer isso, senti uma tontura muito forte, então parei de caminhar, e coloquei as mãos na cabeça.
"Emanuelle, está tudo bem?"
"Hmm, sim é só uma tontura..."
Ele instintivamente, segurou meus ombros, talvez, se preparando para evitar outro desmaio...
"Vai passar? Quer sentar-se?"
"Não, já vai passar, está melhorando, obrigada."
"Ok, mas não vou te soltar até passar totalmente." - ele estava olhando diretamente para mim, como se estivesse me encarando - "Emanuelle, como você é linda, esses seus olhos verdes, pele clara, seu cabelo lindo...Você é muito linda Emanuelle."
Olhei para cima, e vi que ele estava perto demais, seu rosto se inclinou para o meu, parecia que iria me beijar, mas parou e voltou:
"Desculpe, eu não devia..."
Foi ai quando eu olhei para cima, minha tontura piorou e eu não conseguia ficar em pé, meus joelhos cederam, mas Michael me segurou antes de eu cair no chão e me levou até um banco.
"Emanuelle? Você está bem? é melhor voltarmos para minha casa, vou chamar um táxi, feche os olhos, vai passar, consegue ficar aqui por alguns minutos?"
"Sim acho que consigo."
"Então, não abra os olhos, eu já volto."
Escutei rápidas passadas se distanciando, ele estava correndo, depois ao fundo, consegui ouvir sua voz chamando um táxi.
Ele voltou em uns cinco minutos:
"Melhorou? O táxi está esperando."
"Acho que consigo abrir os olhos, mas andar não sei não..."
"Ok, posso te levar até lá então?"
"Sim."
Ele passou um dos braços por baixo de meus joelhos e um em volta de minhas costas:
"Com licença..."
Ele me carregou até o carro e me colocou dentro dele:
"Obrigada..."
Logo em seguida ele entrou e se sentou do meu lado, bem juntinho:
"Está melhor?"
"Acho que sim..."
Ele disse o endereço para o motorista.
Passamos por uns cinco quarteirões e algo muito estranho aconteceu, um nó enorme se formou em minha garganta, um choro horrendo pedia para sair e lágrimas quentes jorravam de meus olhos, eu não conseguia me controlar, agora, chorava alto, soluçando, e nem sabia o motivo! Michael me olhou com uma cara de quem não entendia nada a perguntou:
"Emanuelle, está chorando! Tem certeza de que está bem? O que houve?"
Naquele minuto minha tristeza sem motivo passou e meu choro cessou, mas no lugar da tristeza, uma raiva inexplicável surgiu dentro de mim, e eu não consegui controlar o impulso:
"Se eu estou bem? Estou com cara de quem está bem?!"
Só ai percebi que havia explodido e gritado com Michael, e ele estava me olhando muito chateado e assustado, afastou-se e sentou-se na outra janela do carro e começou a disfarçar olhando a paisagem.
Eu não sabia o que fazer, minha raiva repentina passou, e eu também não sabia qual o motivo de eu estar com tanta raiva, sentei perto dele e tentei falar o mais suavemente possível:
"Michael, me desculpe, nem sei de onde veio aquele choro nem aquela raiva horrível e sem motivo, me desculpe mesmo! Não consegui controlar! Juro pra você que eu não queria aquilo!"
Ele voltou a me observar, agora sério, seu rosto sem expressão:
"Sim eu acredito em você, acho que está passando por variações de emoções, é comum, sinal que seus dons logo irão se manifestar, mas é difícil superar essa fase, você precisa aprender a se controlar, é difícil mas não é impossível, sua avó sabe como lidar com isso."
"Ok, entendi, mas...não vai mas dar nenhum sorrisinho pra mim?"
"Você está em desequilíbrio emocional, qualquer expressão pode gerar uma crise em você, quem sabe quando superar tudo isso?"
"Ok."
Foi o máximo que consegui responder, provavelmente, ele iria se afastar e muito de mim, ou melhorm não iria se aproximar mais...Eu tinha mais uma dúvida...Quando será que encontrarei meu ponto de equilíbrio, não só acabar com essas tonturas loucas, mas, também emocionalmente, mentalmente, quando vou encontrar esse ponto tão decisivo em minha vida neste momento? Meus dons iriam demorar muito pra se manifestar? Eu irei ficar neste estado de desequilíbrio até quando?
A única coisa que estava clara em minha cabeça era: Preciso encontrar meu ponto de equilíbrio...

6 comentários:

Andressa disse...

Entra no meu blog: Http://andressajonas.blogspot.com, Obrigado :)

Máry Araújo disse...

adorei o texto... vc leva jeito, adoro ler, e gostei mt desse aí q vc escreveu! mt massa /´parabéns!

by: Máry {visita: www.mapear.criarumblog.com

Andreza Vitória disse...

oiieee amei seu post
segue meu blog já estou te seguindo e comenta lá tmb
bjoss!


http://drezavivi.blogspot.com/

Quel Silva disse...

Obrigada Máry e Andreza!! Valeu mesmoo!!

Anônimo disse...

oi amor!
to te seguindo
seu blog é mt legal!
me segue tbm!
e ñ eskeça de comentar viu?!

bjs***
http://carolinexstar.blogspot.com/

lelett disse...

gostei do blog e estou seguindo ;)
segue o meu ? bjs