terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Capítulo 49: Chegamos

Ela me observava com um sorriso, como se triunfasse diante de uma vitória. O homem com a arma continuava ao meu lado mas eu mal o notava.
Voltei a encarar Antonietta, ela fez cara de desdém e me dirigiu a palavra:
"Não reclame. Você deveria estar feliz pois você vai para o mesmo lugar aonde seus pais estão."
Aquilo em atingiu como um soco, perplexa com a possibilidade de Jhon e Antonietta terem encontrado e sequestrado meus pais era de gelar o sangue.
"O que fez com eles? Onde eles estão?" - perguntei desesperada.
"Relaxa, eles estão bem, na verdade se comportam melhor que você."
Ignorei-a:
"Como conseguiram encontrá-los?"
Ela riu sarcasticamente:
"Oh, como vocês são tolos não é? Quer dizer, você e Michael. Quando foram até o correio depositar a carta, segui vocês, então foi fácil, vocês se afastaram eu peguei a carta e li o endereço. Deixar escrito claramente em uma carta o endereço de seus pais era uma chance que eu não poderia deixar passar."
Enquanto ela falava, comecei a me lembrar do dia em que eu e Michael enviamos a carta a meus pais. Senti um calafrio.
"Por que está fazendo isso? Não posso acreditar que quando pequenas éramos amigas, no que você se transformou?"
Em um gesto conhecido ela colocou uma mecha do cabelo curto e preto atrás da orelha e ficou séria.
"As coisas muda. As pessoas muda. Não só a sua vida que está em jogo, mas a felicidade da minha também."
Tentei refletir mas não encontrei sentido nenhum em suas palavras.
"O que disse?"
Ela expirou de um jeito estressado e me fitou:
"Não adianta eu explicar a partir da metade da história, vou contar-lhe tudo" - ela fez uma pausa e voltou a me fitar: "Jhon sempre quis punir seus pais, usando seu sofrimento como punição, durante muito tempo ele ficou espiando todas as decisões e ações de sua Avó, certo dia ele encontrou na casa dela, um papel com um endereço de Nova York. Foi imediatamente para a cidade, conseguiu uma passagem no mesmo vôo de sua avó e a seguiu até um orfanato. Escutou-a sussurrar seu nome e no outro dia pediu informações sobre você. O orfanato foi muito cuidadoso com o sigilo e não revelou nada, apenas que você havia saído há pouco mais de um dia pois já era maior de idade. Eu estava perto da secretaria de orfanato, ao lado de Jhon para pegar uns documentos meus que lá ficaram, escutei Jhon perguntando sobre você e quis saber porque. Ele me contou tudo, contou sobre o romance proibido de seus pais e sobre os segredo de vocês, ele me perguntou se eu não ajudaria a encontrá-la para que ele pudesse seguir com o plano, eu disse que era sua amiga mas ele me ofereceu algo muito valioso."
Por alguns instantes ela ficou calada, olhando para baixo, demorei um pouco para processar tudo o que ela havia dito. Ela continuou:
"Ele me disse que havia fechado negócio com minha família a alguns anos e talvez ainda tinha o contato deles, eu o ajudaria e em troca ele me ajudaria a encontrar minha família." - depois de um largo sorriso e algumas lágrimas la continuou - "Não era um pedido que eu poderia recusar, e não recusei..."
O carro parou em frente a uma grande casa feita de madeira. Jhon sorriu por sobre o ombro:
"Chegamos."     

3 comentários:

Mihh disse...

tem selinho pra vc em meu blog

http://avidademalu.blogspot.com/


bjss

Anônimo disse...

Nossa que tocante, otimo. *-*

αмαη∂α ƒyαмα disse...

Oi flôr vim anunciar que você foi umas das vencedoras do concurso "Tenho cachos Perfeitos "
Para saber em que lugar você ficou confira o resultado na barra de menu vai estar escrito "Resultado do concurso"
Beijos
www.afyama.blogspot.com