Entramos em casa. Como era domingo, Vovó e Elizabeth estavam em casa, ambas na sala assistindo qualquer coisa na T.V.
Michael e eu entramos de mão dadas, não dissemos nada mas Vovó foi a primeira a notar e fez questão de saber o que o gesto significava.
Elas não esconderam a felicidade e correram pra nos abraçar.
Ainda não tinham jantado então pedimos uma tradicional pizza italiana. Nos divertimos bastante.Depois de muitas conversas jogadas foras e muitas risadas, fui tomar banho pra dormir.
Fui até meu quarto e peguei minha toalha, abri minha agenda, pensei em escrever mas deixei-a em cima da cama.
Entrei no banheiro e não pude deixar de gritar, havia duas mãos segurando-se no parapeito da janela do banheiro.
Vovó subiu as escadas assim que me ouviu:
"O que foi Emanuelle? Por que soltou esse grito de horror?"
Eu saí do banheiro, minhas mãos estavam tremulas e meu coração parecia recusar-se a voltar em seu ritmo normal:
"Tem alguém se segurando na janela do banheiro." - olhei novamente para o local, mas não havia mais nada lá - "Já saiu, a pessoa já saiu de lá!..."
"Deve estar no quintal!" - dizendo isso, Michael saiu correndo pela porta da sala, Elizabeth foi com ele.
Depois de uns cinco minutos, eles voltaram:
"Saiu correndo pela rua" - retrucou Elizabeth subindo as escadas e vasculhando cada canto de seu quarto - "Ele estava carregando alguma coisa na roupa, deve ter pegado daqui de dentro."
Michael e Vovó começaram a fazer o mesmo.
"Dê uma olhada cuidadosa no seu quarto Emanuelle, por onde ele entrou?" - Vovó incentivou-me.
Entrei no meu quarto e olhei praticamente tudo, quando passei os olhos por cima de minha cama exclamei:
"Minha agenda! Ele levou minha agenda!"
Todos vieram pro meu quarto e Michael sentou-se ao meu lado:
"Ele, agora temos certeza de que quem veio aqui hoje era um homem, está te investigando, o que tinha na sua agenda?"
"Bom, eu havia anotado alguns endereços de estabelecimentos que precisavam de ajudantes, eu pretendo trabalhar..."
Michael sussurrou ao que parecia, palavras não muito agradáveis.
"Você não pode dormir neste quarto sozinha, seria arriscar demais." - ele afirmou.
Elizabeth e Vovó se entreolharam:
"Você pode dormir no meu quarto, nós damos um jeito, colocamos o colchão e você dorme lá...se quiser." - Elizabeth ofereceu de bom grado.
"Tudo bem, só que não quero atrapalhar..."
"Que isso, não vai atrapalhar coisa nenhuma pegue suas coisas e vamos arrumar lá!" - ela seguiu para seu quarto com a finalidade de realmente me ajudar, fiquei feliz com isso.
Depois que me deitei, embora todo esse fato embaraçoso que acabara de acontecer, a única coisa em que eu conseguia pensar era nele, ele e só isso, uma felicidade explosiva tomava conta de mim, quanto mais eu tinha certeza de que ele me amava, mais feliz eu me sentia!
Eu e ele, iríamos anotar os endereços novamente amanhã de manhã, embora pareça ser uma coisa simples, eu não via a hora de poder falar com ele novamente, pois não teria coragem de acordá-lo só pra dizer o quanto eu estava feliz...
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